INTRODUÇÃO: A Acne Vulgar atinge mais de 80% de toda a população em ao menos uma fase de desenvolvimento, especialmente jovens e adolescentes com faixa etária entre 14 e 19 anos, os problemas provenientes dessa patologia afetam, além da infecção, dilemas sociais como problemas de ansiedade e depressão. A partir disso, vítimas acneicas recorrem a tratamentos que vão de esfoliações físicas a antibióticos inibidores de microorganismos responsáveis por parte desse processo, sendo os principais Propionibacterium ssp. incluindo Propionibacterium acnes, além de Staphylococcus epidermidis e Malassezia furfur. A utilização desses compostos, hodiernamente, acarretam em uma preocupação quanro à suscetibilidade a infecções por microorganismos oportunistas, uma vez que os citados compõem a microbiota normal da pele, e resistência bacteriana principalmente do Propionibacterium acnes. Portanto, se faz necessário o entendimento da gravidade desse hábito como um problema de saúde pública. METODOLOGIA E MÉTODOS: Foram selecionados artigos de 2012 a 2016 por meio das plataformas online Google Scholar e Scielo. DESENVOLVIMENTO: O processo de desenvolvimento da Acne Vulgar ocorre por processos acnegênicos e inflamatórios que obstruem os folículos sebáceos por meio da multiplicidade de células mortas depositadas, sendo este o processo de hiperqueratinização, dessa forma as bactérias serão servidas do material interno fazendo com que estas sintetizem enzimas que serão serão responsáveis pelo processo inflamatório. Porém, microrganismos da microbiota como o Propionibacterium acnes são também encarregados da defesa contra outros organismos oportunistas, como Staphylococcus aureus, sendo responsável por foliculites, piodermites e demais infecções oportunistas, ademais, são comprovadas resistências do Propionibacterium acnes frente a Eritromicina, Rifampicina, Clindamicina, Tetraciclinas, Azitromicina, Sulfametoxazol-trimetoprim, Minociclina, Oxitetraciclina e Doxiciclina. CONCLUSÃO: Além da incidência de 37,5% de pacientes sob tratamento antibiótico colonizados por S. aureus resistentes, a resistência do Propionibacteirum acnes vem crescendo gradativamente, de acordo com Neves¹, somente a cidade de Londres apresentou um aumento de 21% entre 1991 e 2000, considerando a moderada utilização em relação aos dias de hoje, sendo considerado um desafio de âmbito mundial. REFERÊNCIAS: *Neves, J. R.; Francesconi, F.; Costa, A.; Ribeiro, B. M.; Follador, I.; Almeida, L. M. C. Propionibacterium acnes e a resistência bacteriana. Surg Cosmet Dermatol 2015;7(3 Supl 1):S27-38. *SILVA, A. M. F.; COSTA, F. P.; MOREIRA, M. Acne vulgar: diagnóstico e manejo pelo médico de família e comunidade. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, [S.l.], v. 9, n. 30, p. 54-63, jan. 2014. ISSN 2179-7994. *Teodoro, G. A.; Leite, M. N.; Malaman, T. A. B. M.Sc.; Leite, S. N. D.Sc. Efeitos da alta frequência no tratamento da acne vulgar em adolescentes. Fisioter Bras 2016;17(3):214-20