Introdução: A violência obstétrica é todo aquele ato praticado contra a mulher no exercício de sua saúde sexual e reprodutiva, podendo ser cometidos por profissionais de saúde, servidores públicos, profissionais técnico-administrativos de instituições públicas e privadas, bem como civis. Desta forma, observa-se que este tipo de violência vai contra todos os princípios do parto humanizado que tenta difundir que a humanização na assistência esta voltada ao sentido do mais natural, numa relação de respeito à mãe e ao filho, dando à mulher o conhecimento que o parto é um processo fisiológico normal que requer cuidado e aconselhamento. Neste sentido, este estudo objetivou reconhecer a violência obstétrica como uma forma de agressão ao corpo feminino, distanciando o parto humanizado da realidade da parturiente, e mostrar também que a mulher é um ser íntegro com capacidade para definir as regras sobre seu corpo no momento do parto. Metodologia: O referido estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura com base na BVS – Biblioteca Virtual em Saúde, que objetiva reunir o conhecimento científico já existente sobre a problemática apresentada. Foi utilizado como descritores: violência obstétrica, parto humanizado e parto, tendo como resultado 14 estudos. Usando como critério de inclusão: artigos em português e com período de publicação posterior a 2014 restaram 12 estudos dentro da temática. Na formulação do mesmo também foi utilizados leis e documentos jurídicos cabíveis ao tema. Resultados e Discussões: É importante salientar que toda equipe responsável pelo parto deve não só se ater ao recém-nascido, mas também demonstrar preocupação sobre o aspecto psicoemocional da gestante e priorizar uma assistência mais humanizada ao parto, pois a violência obstétrica está presente no âmbito hospitalar podendo se tornar uma precursora de consequências tanto para vida social da mulher, como prejuízos psicológicos. Muitas ficam traumatizadas e amedrontadas de procurar novamente o serviço de saúde por causa do atendimento prestado por profissionais despreparados. Conclusão: o medo em relação a optar por um parto normal hoje é semblante de queixas e dúvidas. A mulher por medo de passar por uma experiência ruim e que lhe traga sofrimento ou algum tipo de violência durante seu parto, tendo seus direitos violados, ajudam ao número de partos realizados com procedimento cirúrgico aumentar, tornando assim, o parto humanizado cada vez mais temido e sem seu real sentido.