Sabe-se, hoje, que existe uma relação direta entre reposição hormonal e os efeitos carcinogênicos dos hormônios administrados na saúde da mulher. Por isso, o uso racional da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) na menopausa é essencial e imprescindível para uma boa qualidade de vida dessa. Esta revisão de literatura busca avaliar o uso das diversas terapias de reposição hormonal em mulheres na menopausa, com ênfase na meia-idade, e suas consequências. Foram coletados 20 artigos publicados entre 2012 e 2015, com os descritores: reposição hormonal; câncer de mama. As bases de dados foram a Medline, Lilacs (Biblioteca Virtual em Saúde) e a Nature Publishing Group, com um artigo publicado no presente ano. O uso das TRHs para combater os sintomas da menopausa tem sido feito de maneira quantitativa. Entretanto, sua eficácia na promoção da saúde tem gerado questionamentos sobre sua relação com o risco do surgimento de câncer de mama. Observou-se que muitas terapias tem efeito estimulante na proliferação tumoral, principalmente as que contêm progesterona. De maneira inversa, as terapias que possuem ação androgênica reduzem o risco de tal carcinoma. Por último, foi possível perceber a relação entre o risco de desenvolvimento do câncer de mama e fatores como etnia, estilo de vida, obesidade e densidade mamográfica. Constatou-se a relação direta da testosterona, progesterona e estrógeno no desenvolvimento ou não desse carcinoma. Este também está relacionado com as diferentes localizações geográficas das mulheres. Por fim, viu-se que as terapias de maior eficácia são as que contêm apenas estrogênio, ou estrogênio equino conjugado e testosterona com o inibidor de aromatase, uma vez que mulheres enquadradas na terapia de reposição hormonal com estrogênio, após a menopausa precoce e por um longo período, tiveram um risco significativamente reduzido de mortalidade, insuficiência cardíaca ou infarto do miocárdio.