A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica de caráter sistêmico, que pode acarretar alterações na função muscular que contribuem com o agravamento dessa patologia. O devido estudo tem como objetivo verificar correlação entre a força muscular periférica e a força muscular respiratória, bem como a correlação dessas com a capacidade funcional em pacientes com IC sem quadro de fraqueza muscular. Foram avaliados 72 indivíduos, com faixa etária entre 40 e 70 anos, diagnóstico clínico de IC, de diferentes etiologias e sintomáticos estáveis (classe funcional II a III de acordo com New York Heart Association – NYHA), sendo a amostra composta por 34 pacientes divididos em dois grupos: o grupo de estudo (G1) e o grupo controle (G2). Para avaliação da capacidade funcional foi usado o ShuttleWalk Test, para avaliação das forças musculares foi feita a aferição de PI e PE máximas através da manovacuometria, bem como, força de preensão manual (FMP). Foi feita a estatística descritiva para dos dados com objetivo de caracterizar a amostra. Verificou-se se estas possuíam distribuição normal através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Foi utilizado também o teste de correlação de Pearson na avaliação das associações entre as variáveis estudadas, bem como o teste t de student. Entre as variáveis contínuas, não houve diferença entre grupos em relação a PI e PE, bem como os resultados de FPM. Nos resultados do ShuttleWalk Test, houve uma diferença significante (p=0,002) entre os grupos, no qual o G2 teve maiores valores quanto à distância percorrida. Na correlação entre as variáveis contínuas, podemos observar uma correlação moderada (r=0,56) entre PImáx e Preensão Manual; moderada (r=0,56) entre PEmáx e Preensão Manual; moderada (r=0,435) entre Preensão Manual e ShuttleWalk Test. Os dados sugerem que a população em questão não apresentou fraqueza muscular e isso pode ser justificado pela maioria desta ser oriunda do ambulatório, sugerindo maiores estudos com as mesmas características amostrais para melhor elucidação do caso.