O câncer de mama acomete principalmente mulheres. Seu tratamento clínico determina alterações clínicas e funcionais, e a fisioterapia é essencial na prevenção e tratamento destas comorbidades, detendo vários recursos a serem utilizados, incluindo a Reabilitação Virtual. Estudo de caso, desenvolvido no Laboratório de Ciências e Tecnologia em Saúde, localizado nas dependências do Centro de Cancerologia Dr. Ulisses Pinto do Hospital Fundação Assistencial da Paraíba, no município de Campina Grande. trata-se de um indivíduo diagnosticado com câncer de mama, maior de idade, do sexo feminino e submetido a mastectomia radical modificada do tipo Madden, submetido a reconstrução mamária e retalho miocutâneo do músculo Grande Dorsal. O protocolo terapêutico foi realizado em duas sessões semanais, associando o uso da fisioterapia convencional à Reabilitação Virtual, durante 12 meses. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, conforme resolução 466/12. Observou-se que ao longo do tratamento, houve aumento da amplitude de movimento, apesar da fadiga oncológica potencializada pela ação dos quimioterápicos e pela radioterapia. Para amplitude de movimento do ombro, houve ganho de 150% para abdução, 133,33% para extensão, 100% para rotação lateral, 80% para rotação medial, 42,86% para flexão e 10% para adução. Conclui-se que as terapias adjuvantes potencializam a fadiga oncológica, postergando a reabilitação do paciente. A associação da fisioterapia convencional e reabilitação virtual, antecipa a prevenção das complicações funcionais decorrentes do tratamento clínico para o câncer e reabilita mais precocemente esse paciente, desde que utilizada de forma personalizada, respeitando as características clínicas e realizada obrigatoriamente a partir da prescrição e acompanhamento do fisioterapeuta.