Resumo: As úlceras de membros inferiores ocorrem com frequência em todo o mundo e são extremamente incapacitantes. Dentre os principais tipos de úlceras de membros inferiores, estão as venosas, arteriais e neuropáticas. As úlceras decorrentes de insuficiência arterial geralmente possuem profundidade variável, pouca exsudação, coloração de fundo pálido ou negro devido à necrose, são extremamente dolorosas, de odor forte e difícil cicatrização. Como forma de tratamento existe a revascularização, porém, a sua terapêutica não envolve apenas a correção da condição de base, mas está associada ao uso de medidas locais para promover a cicatrização, como exemplo está à realização de curativos. Objetivo: Relatar o processo de reparo tecidual de uma úlcera de difícil cicatrização, oriunda da Clínica Cicatriza, localizada na cidade de Campina Grande – PB. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso com caráter de pesquisa documental e descritiva, com abordagem qualitativa, realizado em uma clinica especializada em curativos na cidade de Campina Grande, PB, tendo duração de 4 meses, de Janeiro de 2017 à Maio de 2017. A amostra foi constituída de um paciente portador de duas lesões decorrentes de insuficiência arterial, com indicação de angioplastia, que foi submetido ao tratamento tópico com Papaína 10% e do Ácido Hialurônico 0,2%, gaze estéril impregnada com polihexametileno de biguanida (PHMB), Malha não aderente com emulsão de Petrolatum e Espuma com antimicrobiano polihexametileno de biguanida (PHMB). A coleta de dados foi realizada por meio dos registros fotográficos e prontuário dos pacientes. Resultados: Com o decorrer do tratamento houve uma melhora progressiva das duas lesões, sem complicações, evidenciando a eficácia dos medicamentos tópicos que promoveram o desbridamento, a neovascularização e a epitelização da lesão. Conclusão: Considera-se de extrema importância a realização de um programa de curativos que respeite a frequência mínima de trocas e estimule a microcirculação e proteção antimicrobiana. No caso estudado, observou-se a cicatrização completa da úlcera arterial de perna mesmo com a indicação da revascularização do membro, que é uma medida primordial para a condição clínica do paciente.