Introdução: Até os dias atuais os indivíduos que sofrem de transtornos mentais são estigmatizados
também pelos profissionais de saúde, e muitas condutas realizadas são baseadas no modelo
hospitalocêntrico. Sendo assim, os saberes psiquiátricos têm passado por profundas modificações,
inclusive no que se refere à assistência, bem como na conduta que os profissionais de enfermagem
devem possuir frente ao individuo em emergência psiquiátrica.Objetivo: Objetivou-se sintetizar o
conhecimento produzido na literatura nacional e internacional acerca da conduta do profissional de
enfermagem em emergência psiquiátrica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura.
Após definição da pergunta norteadora do estudo, foi realizado um levantamento de artigos publicados
entre 2005 a 2015. A busca ocorreu nas bases de dados: LILACS, CINAHL, PubMed e SCOPUS, e
BVS. Utilizando-se os descritores controlados “Enfermagem” AND ”Saúde Mental” AND
“Emergências” Foram encontrados 12 artigos, dos quais oito encontravam-se na base de dados Lilacs,
dois da Pubmed e dois da Scopos. Resultados: Após a análise detalhada dos artigos, foram
identificadas as seguintes categorias: emergências psiquiátricas, atuação do enfermeiro frente às
emergências em saúde mental e as dificuldades na conduta do enfermeiro diante da crise psiquiátrica.
A emergência psiquiátrica é considerada uma condição em que a pessoa expressa modificação do
pensamento, atitudes, além de agitação motora, atos agressivos sejam eles físicos e/ou verbais, o que
necessita que muitas vezes o profissional de enfermagem exerça uma conduta rápida para impedir a
progressão da crise. Os estudos analisados mostraram que a abordagem à pessoa com transtorno
mental em situação de emergência é de extrema importância, uma vez que se for realizada de forma
segura, com prontidão e de qualidade podem contribuir na adesão e uma melhor aceitação por parte do
indivíduo ao tratamento proposto pela equipe. Em contrapartida, muitos profissionais tem tendência de
tratar os pacientes em crise psiquiátricas com autoritarismo e pouca benevolência, pois há a crença de
que tais pacientes devem ser isolados do convívio da sociedade por representar uma ameaça. a
comunicação terapêutica é considerada uma ferramenta importante e que deve ser utilizada pelos
profissionais de saúde com intuito de apoiar, informar, educar e capacitar os sujeitos nos processos de
transição de saúde doença, bem como fortalecendo o indivíduo a se adaptar frente às dificuldades que
apresentam. Também foi evidenciado que os profissionais apresentam fragilidades não somente em
conhecer, mas também em lidar com as emergências psiquiátricas. Considerações Finais: Frente às
fragilidades encontradas, faz-se necessária melhoria do currículo em saúde mental nos níveis de
graduação e pós-graduação, com intuito de ampliar os conhecimentos para prestar o atendimento com
qualidade. Além disso, é imperativo que haja investimentos públicos nos serviços de saúde, para que
nessa perspectiva possa melhorar a qualidade da assistência aos indivíduos com transtornos mentais.