Os métodos contraceptivos hormonais usados pelas mulheres predominam no mercado como primeira escolha para o controle da natalidade. Porém, há um aumento da conscientização pública e declarações apoiando a pesquisa de métodos que envolvem o homem no processo de contracepção, que têm sido incentivados por vários setores sociais. Ainda assim, o desenvolvimento de um novo contraceptivo oral masculino de origem herbácea tem se movido em um ritmo muito lento. Em vista da importância da temática, o presente trabalho objetivou avaliar na literatura os atuais indícios referentes a Arruda, Feno Grego, Mamão Papaya, Melão de São Caetano e Tulsi, plantas utilizadas na medicina popular que têm demonstrado resultados promissores para contracepção masculina; de modo não só a verificar sua eficácia e mecanismo, mas também correlacionar as dosagens terapêuticas e efeitos toxicológicos a fim de averiguar a segurança do uso de tais ervas e, assim, incluí-las como promissores anticoncepcionais fitoterápicos. Foi realizada uma análise descritiva de natureza qualitativa, apresentada como revisão bibliográfica, através da busca ativa de informações nas bases Bireme, Google acadêmico, SciELO e PubMed, utilizando os nomes científicos das plantas acompanhados das palavras-chave “espermicida”, “anticoncepcional”, “contraceptivo masculino”, “anti-fertilização”, “efeito anti-fertilidade” e “toxicidade reprodutiva”, todas em português e inglês. Os resultados mostraram que Momordica charantia, Ocimum sanctum e Carica papaya são muito promissoras no desenvolvimento de um potencial anticoncepcional para homens pela grande reprodutibilidade dos resultados, baixa toxicidade e reversibilidade de sua ação. Já a Ruta graveolens mostrou potencial efeito anti-fertilidade, porém toxicidade próximas as doses terapêuticas, exigindo cautela em na sua utilização e mais estudos exploratórios sobre segurança. Desse modo, três das plantas analisadas se mostraram como possíveis futuros anticoncepcionais masculinos fitoterápicos, permitindo a divisão da responsabilidade da contracepção por medicamentos anticoncepcionais entre homens e mulheres, configurando um avanço sociocultural relevante.