O presente é texto é resultado de uma proposta de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso em
Psicologia, tendo como objetivo identificar e analisar as crenças atribuídas por mulheres idosas ao
envelhecimento. Numa perspectiva psicodinâmica, este objetivo baseia-se no conceito de crenças
irracionais como algo inerente ao ser humano, desenvolvidas conforme conceitos que induzem à
conclusões errôneas sobre si, os outros e a realidade que cerca. Estas crenças são desenvolvidas
durante o processo educativo familiar e social, podendo manifestar-se em momentos posteriores ao seu
aprendizado, alterando o comportamento dos sujeitos e podendo provocar sofrimento psíquico como
no caso da distorção da autoimagem e queda da autoestima. Esta chave de análise nos servirá para
investigar o envelhecimento feminino sob o olhar da mulher idosa, escolhidas como um grupo
significativo da população nesta faixa etária, a qual tem crescido exponencialmente frente aos idosos
masculinos. Essas mulheres enfrentam uma problemática muito particular na sociedade atual,
abarcando questões sociais, emocionais, econômicas e físicas, o que as coloca numa posição de
vulnerabilidade social. Os problemas e mudanças que acompanham ou surgem no período da velhice,
são geralmente doenças crônicas, sentimento de inutilidade, negação da autoimagem, dentre outros.
Nesta perspectiva discursiva, o presente trabalho se desenvolverá em formato de estudo descritivo com
abordagem quantitativa, a ser realizado nas Instituições de Longa Permanência para Idosos na cidade
de Campina Grande, tendo como público principal as mulheres idosas. Como instrumento de coleta de dados será usado a Escala Diferencial Semântica de
Crenças sobre a Velhice, validada por Neri (1991; 1995; 1997).