: Realizar um levantamento epidemiológico sobre o número de óbitos decorrentes de intoxicação exógena no Brasil no período de 1999 a 2012 com o objetivo de caracterizar os envenenamentos acidentais e/ou intencionais e suas vítimas com vistas à melhor direcionarem os esforços para o seu controle. Método: Coleta de dados extraídos do SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas). Foram descritas características como agente tóxico, circunstância, faixa etária, sexo e a região dos casos de óbitos decorrentes de intoxicação exógena. Resultados: No período de 1999 a 2012 ocorreram 6.363 casos de óbitos por intoxicação exógena provocada pelos mais diversos agentes. Entre os agentes tóxicos que provocaram mais intoxicação está os agrotóxicos de uso agrícola que provocaram 2.319 óbitos ao longo desses 14 anos de análise de dados, em segundo lugar está o uso de medicamentos com 1.113 óbitos. Entre as causas mais comuns de intoxicação está em primeiro lugar à tentativa de suicídio sendo responsável por 3.811 mortes, em segundo lugar está o acidente individual com 893 óbitos. Em relação ao sexo, houve uma predominância de casos de óbitos por intoxicação no sexo masculino representando 3.932 mortes dos 6.363 ocorridos. Quanto à faixa etária, foi possível observar que as faixas etárias em que mais ocorreram casos de mortes por intoxicação foi a de entre os 20 e 49 anos. A região em que mais ocorreram mortes por intoxicação do tipo exógena é a região nordeste com 2.205 óbitos notificados. Conclusão: Os óbitos por intoxicação exógena acometeu principalmente adultos jovens, do sexo masculino e está relacionado principalmente aos agrotóxicos, sendo o envenenamento decorrente, sobretudo, da ingestão do agente tóxico, cujo principal motivo foi o suicídio. Visto isso se deve realizar promoção à saúde. Com a prevenção, podem- se alterar favoravelmente as estatísticas ora existentes e evitar a perda de tantas vidas em decorrência da intoxicação exógena.