Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

HETEROGENEIDADE DAS DOENÇAS REUMÁTICAS E DOENÇAS RARAS APRESENTADAS POR PACIENTES ATENDIDOS NUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE CAMPINA GRANDE - PB.

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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

Atenção Primária é considerada a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), tornando as Unidades Básicas de Saúde (UBS) o local onde indivíduos portadores de doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DANT) e outros tipos de patologias são identificados, acolhidos e, em alguns casos, referenciados para serviços de maior complexidade. Dentre as DANT encontram-se as doenças reumáticas, já dentre o outro espectro de afecções que chegam às demandas do SUS tem-se as doenças raras. Assim, este trabalho tem por objetivo traçar o perfil dos pacientes portadores de doenças reumáticas e identificar e discorrer sucintamente as doenças raras abordadas numa UBS de Campina Grande-PB. Os dados para este trabalho foram obtidos da UBS Raimundo Carneiro em Campina Grande-PB, no Bairro do Pedregal. Foram extraídos de fichas existentes na Unidade, transferidos para tabelas do Microsoft Excel que continham, para os portadores de doenças reumáticas, as variáveis: idade, sexo, doença. Para Doença Rara, utilizou-se as mesmas tabelas, observando quais estavam presentes. No que tange as doenças reumáticas, foram identificados treze pacientes. Destes, doze do sexo feminino e um do sexo masculino. Verificou-se 1 paciente até 19 anos, cinco pacientes na faixa de 30-39 anos, quatro de 40-49 anos, 1 de 50-59 anos, 1 de 70-79 anos e 1 de 80-89 anos. Quanto aos tipos de doença reumática, observou-se 4 tipos: Doença Reumática oriunda de Febre Reumática, Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), Artrite Reumatóide (AR) e Osteoartrose. Destas, verificou-se 5 indivíduos com Doença Reumática oriunda de Febre Reumática, 4 com LES, 3 com AR e 1 com Osteoartrose. Com isso, notou-se a concordância com a literatura: as mulheres são o grupo mais afetado por essas doenças, especificamente na faixa que vai dos 30-40 anos, graças a relação dos sistemas imune e endócrino. Houve predomínio de LES e AR, o que coaduna com a literatura como sendo doenças mais comumente vistas. No caso da AR, atingindo predominantemente mulheres e pico de incidência de 30-50 anos. Para LES acomete também, predominante, mulheres e pico de incidência em idade reprodutiva a partir dos 20 anos. No que concerne ao aparecimento de doenças raras, foram detectados dois portadores assistidos pela Unidade: Sídrome de Wiskott-Aldrich (indivíduo do sexo masculino, 17 anos), Síndrome de Ehlers-Danlos (indivíduo do sexo feminino, 16 anos. A primeira é tem incidência de 1- 10 em 1 milhão de indivíduos. A segunda tem acometimento de 1 em 5000 indivíduos. Ambas com manifestações clínicas distintas. Observa-se, assim, quão heterogênea é a variedade de doenças vistas numa UBS cotidianamente. De tal modo, que o conhecimento delas possibilita a descoberta da realidade local, uma vez que muitas delas ocorrem e progridem relacionadas a condições biossocioeconômicas locais. Da mesma forma, deve-se olhar para as síndromes raras encontradas, pois , necessitam de atendimento especializado e direcionado aos demais níveis de Atenção. Com isso, a presença da UBS na vida dos portadores dessas doenças, leva-os a informações e cuidados maiores acerca do problema, redundando em um aumento considerável na qualidade de vida, graças ao acesso aos meios de saúde.

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