Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

EFEITOS DA TERAPIA DO GRUPO PIRATA MODIFICADO NA FUNÇÃO MOTORA GROSSA DE PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO DE CASO

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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

A Paralisia Cerebral (PC) é caracterizada como um distúrbio não progressivo que ocorre no período fetal ou no cérebro infantil, no qual há presença de desordens permanentes no desenvolvimento da postura e movimento, podendo estar acompanhadas ou não por distúrbios na sensação, percepção, cognição, comportamento, comunicação, epilepsia e/ou por problemas musculares secundários. Com relação aos tipos de classificação, com base nos resultados neurológicos predominantes, a Surveillance of Cerebral Palsy in Europe (SCPE) divide em três sub-grupos principais: Espástico (Unilateral ou Bilateral), Discinético (Distônico ou Coreoatetose) e Atáxico (GOLDSMITH et al., 2017).Ao longo das décadas, inúmeras intervenções surgiram com o objetivo de melhorar o desempenho das crianças e uma destas técnicas é a Terapia de Restrição e Indução do Movimento modificado (TRIMm) que é uma contensão do membro superior não acometido com menos de três horas de terapia por dia para o membro acometido aplicada através de um protocolo do Grupo Pirata que associa essa técnica ao contexto lúdico e Treino Bimanual (PUDCOCK, 2017). Diante do exposto, a presente pesquisa tem como objetivo: avaliar se haverá mudança na função motora grossa após aplicação da Terapia do Grupo Pirata modificado em criança com Paralisia Cerebral. A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, do tipo relato de caso. A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, no Campus II da FCM, de onde a participante foi convidada a participar de maneira voluntária. Os critérios de inclusão na amostra foram: aceitar participar da pesquisa e ter o diagnóstico de PC Espástica Unilateral. E os critérios de exclusão foram: apresentar transtornos cognitivos que impossibilitasse de entender a técnica e participar de outro tipo de intervenção fisioterapêutica durante as sessões de tratamento. Utilizou-se como instrumento a Medição da Função Motora Grossa (GMFM-88). Foram realizados 14 atendimentos fisioterapêuticos, com duração de 60 minutos cada, no qual 50 minutos eram reservados para a TRIMm e os 10 minutos restantes para atividades Bimanuais, seguindo um protocolo previamente estruturado, três vezes por semana, entre os meses de abril e maio de 2014. Para análise estatística dos dados foi utilizado o programa Excel para Windows 8.0. Por meio do GMFM foram calculadas as pontuações para cada dimensão para descrever a função motora grossa. Os dados foram inseridos no programa Gross Motor Ability Estimator (GMAE) para obtenção do GMFM-66 e o perfil sociodemográfico através de estatística descritiva. Concluindo, a TRIMm proporciona um incremento na habilidade funcional de uma criança com paralisia cerebral espástica unilateral direita, 10 anos de idade, GMFCS I e MACS II, concretamente em relação as suas AVD’s. O contexto lúdico baseado neste protocolo consegue tornar a fisioterapia mais atrativa para a criança, o que contribui para uma maior assiduidade, implicação e diversão durante as sessões. Ressalta-se ainda que a TRIMm permite que a criança realize as atividades em um tempo menor que o proposto pela TRIM convencional.

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