SILVA, Dayane Barbosa et al.. Crenças e preconceito contra o doente mental. Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/29207>. Acesso em: 22/12/2024 18:37
O preconceito é compreendido pela Psicologia Social como uma atitude negativa em relação a uma pessoa baseada na crença de que ela tem as características negativas atribuídas ao seu grupo de pertença. Quando atribuídos ao doente mental, as crenças e os esteriótipos, acabam garantindo a manutenção de relações de distanciamento e exclusão dessas pessoas. As crenças negativas atribuídas sobre o doente mental, demonstram que mesmo com o conhecimento de como surgem às doenças mentais, as pessoas costumam elencar estereótipos de que os doentes mentais são pessoas perigosas ou agressivas. A partir do que foi ressaltado, esse estudo tem por objetivo veririfcar quais as crenças causais podem estar na base do preconceito contra o doente mental. A amostra utilizada foi de 323 estudantes de Universidades da cidade de João Pessoa e Campina Grande, distribuídos entre os cursos de Enfermagem, Medicina, Psicologia, Serviço Social e Terapia ocupacional. Os instrumentos utilizados para a coleta dos dados foram a Escala de Crenças Sobre a Doença Mental (ECDM), a Escala de Rejeição a Intimidade e um questionário sociodemográfico a fim de caracterizar a amostra. Os dados foram analisados e tabulados pelo programa estático SPSS versão 21.0. Ao serem realizados testes correlacionais os resultados encontrados demonstram correlação entre as crenças religiosas, as psicológicas e a Escala de Rejeição a Intimidade (preconceito). A partir dos resultados encontrados, é possível perceber que o preconceito está correlacionado a crenças religiosas nos dois fatores, corroborando com alguns estudos que têm demonstrado que a crença religiosa está associada realmente associada com um maior preconceito. Tais resultados contribuem para o avanço na temática do preconceito frente ao doente mental, levantando dados para futuros estudos na área e para embasamento de políticas de inclusão. Sendo assim, este estudo permite o avanço do conhecimento científico na área do Preconceito, crenças e da saúde mental de uma forma geral.