A dengue é uma doença infectocontagiosa com alto potencial epidemiológico e endêmico, acometendo principalmente países tropicais e subtropicais. Segundo Bhatt et. al. (2013), o continente asiático apresentou o maior número de casos aparentes no ano de 2010 (70% do global), sendo a Índia a maior afetada. O continente americano aparece com 14% dos casos aparentes no mundo, com Brasil e México respondendo por metade dos casos. Em 2016, no Brasil foram notificados 1.500.535 casos com uma incidência de 572,8 casos/ 100 mil hab. A região com maior número de casos é o Sudeste, seguido do Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sul. O estado da Paraíba também apresenta o padrão endêmico. Devido a esta situação, faz-se necessário que os gestores de saúde pública tenham em mãos ferramentas para o combate e controle do arbovírus da dengue. Este artigo teve como objetivo a análise do comportamento espacial da dengue no estado da Paraíba, através da metodologia da aglomeração espacial de Besag e Newell, com o fim de fornecer aos gestores uma ferramenta para o controle e prevenção da doença. Os dados utilizados foram cedidos pela Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba e são referentes ao período entre 2009 e 2013. Os resultados obtidos mostraram que o método é útil para a identificação de aglomerados espaciais de geo-objetos com risco elevado, concentrados mais à oeste e ao centro-oeste da Paraíba. Isso pode permitir um melhor conhecimento da realidade epidemiológica do estado e servir de suporte à elaboração de políticas de saúde pública para o combate e prevenção da doença pelos gestores.