O câncer de próstata é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e apresenta a segunda maior prevalência no Brasil. A doença degenerativa caracteriza-se pela neoplasia da próstata, localizada na parte baixa do abdômen e atua como principal glândula acessória do sistema reprodutor masculino. Devido a um dos seus fatores de risco mais importantes ser relacionado com o nível de testosterona, principal androgênio do corpo, geralmente o tratamento dos carcinomas de próstata envolve a terapia de privação de androgênios. Apesar dos benefícios de redução dos sintomas de metástase por longos períodos e consequente melhoria de qualidade de vida, os antiandrogênios resultam em sérios efeitos colaterais adversos, tanto metabólicos quanto musculoesqueléticos e cardiovasculares. Além disso, por ser relacionado com a determinação sexual primária do homem, o bloqueio dos androgênios acarreta uma série de distúrbios psicológicos, dentre os quais destaca-se a depressão. Este artigo objetiva reunir informações sobre o mecanismo hormonal associado ao câncer de próstata e seu tratamento via terapia de privação androgênica destacando sua associação a depressão. A ferramenta de pesquisa utilizada foi a plataforma Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionando-se os artigos dos anos 2001 a 2015, nos idiomas inglês e português; os descritores utilizados para busca foram “Câncer de Próstata” e “Antiandrogênios”; priorizaram-se os textos que tinham como assunto principal Câncer de Próstata, Depressão e Antiandrogênios. Encontrou-se um total de 177 textos, porém, apenas 10 foram incluídos, 6 da base MedLine e 4 da base LILACS, de acordo com os critérios de refinamento. E, dessa forma, demonstrar a associação entre sintomas depressivos e a administração de antiandrogênios em pacientes com câncer de próstata.