O processo de trabalho em saúde se dá a partir da demanda do território e da disponibilidade da Unidade de Saúde, devendo a USF organizar-se a fim de não criar barreiras de acesso, barreiras funcionais ou organizativas como descrito. O uso de medidas organizacionais do processo de trabalho que incluem: distribuição de fichas de acesso em horários específicos, cronogramas diários e demandas programadas tornam limitantes as atuações da USF em seu território, além de infringir o princípio do acesso universal (universalidade), que determina que todos os cidadãos brasileiros sem qualquer discriminação têm direitos às ações e serviços de saúde. Assim, o objetivo deste trabalho é descrever como se organiza o processo de trabalho em uma USF a partir da perspectiva de estudantes da graduação em medicina. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de atividades práticas sobre a organização do processo de trabalho em uma USF situada no bairro do Bessa no município de João Pessoa, durante o segundo semestre de 2015. Durante as atividades, os alunos participaram da rotina dos profissionais da equipe e conheceram o fluxograma de acolhimento adotado pela unidade para viabilizar o acesso dos usuários aos serviços ofertados pela equipe. As práticas eram antecedidas por momentos em sala utilizando a metodologia problematizadora para estimular a reflexão crítica e aplicá-la na realidade prática da USF. Durante as atividades práticas observou-se que a unidade de saúde organiza seu processo de trabalho por meio do acolhimento, com escuta, porém apresentada barreiras funcionais. Portanto, através do conhecimento científico prévio os alunos puderam observar o processo da trabalho de forma criteriosa buscando os desafios e adversidades no referente serviço. Palavras-chave: Processo de trabalho; estratégia de saúde da família; acolhimento.