O aumento da prevalência do nascimento de bebês com microcefalia, inicialmente no nordeste brasileiro e posteriormente em várias regiões do país vem preocupando os profissionais de saúde, as instituições governamentais e a sociedade como um todo, ganhando espaço entre pesquisadores do Brasil e do mundo, principalmente após a descoberta de que o vírus da Zika pode causar microcefalia congênita, quando gestantes são infectadas por tal vírus, seja através da picada do Aedes Aegypti ou por via sexual. Tal descoberta tem deixado a população em alerta para este fenômeno, ganhando grande relevância após o alerta epidemiológico mundial, emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 2015, revelando uma crise na saúde pública e fazendo com que muitas mulheres repensassem o projeto de engravidar. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi conhecer as Representações Sociais de estudantes acerca da microcefalia. Participaram desta pesquisa 50 estudantes universitários da graduação e da Pós Graduação da Universidade Federal da Paraíba. Foi utilizada a Técnica de Associação Livre de palavras, onde foi solicitado que os participantes evocassem as primeiras 5 palavras a partir da palavra-estímulo (Microcefalia). Os dados passaram pela análise de matriz a partir do software IRAMUTEQ, especificamente pela análise de frequências múltiplas, análise de similitude e análise prototípica. Após as análises foi observado que o núcleo central da Representação Social sobre a microcefalia foi constituído pelos seguintes elementos: bebê, cuidado, zika e a categoria sentimentos positivos. Os elementos constituintes do núcleo periférico foram: doença, a categoria sentimentos negativos, transmissão, aspectos físicos e gravidez.