Introdução: As atribuições assumidas por pais e mães têm caráter diferente em nossa sociedade, centralizando a mãe como cuidadora primária e o pai, o provedor das necessidades materiais da família, afastando-o e tornando-o um coadjuvante nesse processo de cuidar. No entanto, sabe-se que uma participação ativa do pai durante a gestação, infere na relação entre pai e filho, pois o homem passa a construir um vínculo afetivo antes do nascimento. Atualmente, vivemos um momento de transição e adaptação, onde a posição do homem na sociedade está em transformação, assim como os papéis tradicionalmente atribuídos às mulheres. Dessa forma, os serviços de saúde devem estimular o envolvimento dos homens (adultos, adolescentes e idosos), discutindo a sua participação nas questões da saúde sexual e reprodutiva. Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura sendo a pesquisa realiza no mês de abril no portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na base de dados Scientific Library Online (SciELO). Foram utilizadas as combinações dos descritores, provenientes do portal de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), por meio do operador booleano AND, sendo utilizadas da seguinte forma: pré-natal AND paternidade e saúde do homem AND paternidade. Foram selecionados 13 artigos a partir dos critérios de inclusão (os artigos que estivessem disponíveis na íntegra, em língua portuguesa, provenientes do Brasil e publicados entre os anos de 2007 e 2016), de acordo com o objetivo do estudo, sendo descartados os artigos em duplicata. Por fim, os artigos foram lidos na íntegra para que fossem feitas as discussões. Resultados e Discussões: Constatou-se que a participação dos homens no pré-natal é bastante escassa. Existe forte influência negativa das questões de gênero sobre a participação do pai durante as consultas de pré-natal, pois, para a sociedade, o pai tem o papel de provedor da casa e responsável moral da família, sendo a mulher encarregada do cuidado com os filhos e com a casa. As experiências e interações vividas pelos pais com seus próprios genitores e o modo como "aprenderam a ser pai" são aspectos que influenciam à não participação nas consultas de pré-natal, bem como falta de ações que incluam esses homens no serviço de saúde em geral. Além de não promover ações, a equipe e a companheira muitas vezes não incentivam a participação do homem nas consultas de pré-natal. Conclusões: Foram identificados como os principais empasses, para o Pré-natal do Parceiro, a falta de iniciativa dos profissionais de saúde para promover ações que incluam o homem, contrariando as políticas públicas vigentes, que preconizam a participação do parceiro durante as atividades relacionadas ao pré-natal. As questões de gênero, que predominam atualmente, é um outro obstáculo destacado como dificuldade de acesso. Apesar das dificuldades apontadas, destaca-se a vontade do homem em participar do pré-natal, comprovando assim, uma mudança significativa no formato da sociedade. Tendo em vista o exposto, há necessidade de capacitação dos profissionais, acerca das políticas públicas existentes voltadas ao homem, para facilitar o acesso dos mesmos à saúde.