O câncer de próstata é uma patologia que mais acometem a população masculina no mundo, sendo considerado o segundo tipo de neoplasia que mais mata. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) a doença apresenta uma expressão significativa entre os homens em todas as regiões do país. No qual, no ano de 2013 houve cerca de 13.772 mortes por essa neoplasia. Perante a importância das neoplasias, vários estudos têm sido conduzidos sobre as tendências de mortalidade, assim este trabalho teve como objetivo avaliar a tendência temporal da mortalidade por neoplasia maligna da próstata na região Nordeste do Brasil, no período de 1996 a 2014. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo de uma série temporal, baseado em dados secundários coletados através do Sistema Informação de Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados os dados de óbitos por neoplasia maligna da próstata ocorridos em residentes da Região Nordeste, entre os anos de 1996 a 2014, segundo faixa etária (30 a 39 anos e de 40 a 49 anos), foi utilizada a 10ª revisão da versão brasileira da Classificação Internacional de Doenças (CID BR-10), para câncer de próstata. De 1996 a 2014, ocorreram 46.440 óbitos por neoplasia maligna da próstata na região nordeste do Brasil, no qual dos 30-49 anos tiveram 351 óbitos. Dentre os 351 óbitos, tiveram 292 óbitos (83%) na faixa etária dos 40-49 anos, tendo um menor número na faixa etária dos 30-39 anos com 59 óbitos (17%). Foi observado na faixa etária dos 30-39 anos um decrescente para ambas as taxas de mortalidade (ajustada e especifica) com um APC de 2,73% e 2,74% ao ano respectivamente. Contudo, verificou-se uma tendência crescente na faixa etária dos 40-49 anos, tanto para a taxa de mortalidade ajustada como para especifica com APC de 0,63% e 1,53% ao ano, respectivamente. Os resultados encontrados no presente estudo sugerem que a tendência no crescimento da taxa de mortalidade na faixa etária de 40-49 anos, possa ser causado por problemas na rede assistencial principalmente a pública, por apresentar problemas estruturais gerando assim dificuldades no acesso e demora ao diagnóstico.