O presente trabalho tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais de saúde quanto às etapas do processo de transexualização. O trabalho se pauta num novo olhar sobre esta condição de gênero. Busca-se entender as dificuldades que os transgêneros sentem em seu processo de adequação ao mundo. Faz-se muito importante entender o acompanhamento terapêutico, para que as questões desses indivíduos sejam compreendidas e esclarecidas, elencando os obstáculos que os transgêneros enfrentam, incluindo os casos de cirurgia de adequação de sexo. Para alcançar este objetivo esta pesquisa será realizada no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do SUS na cidade de João Pessoa, com dez profissionais pertencentes à equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, fonoaudiólogo, assistente social, enfermeiro, técnico de enfermagem, atendente). Trata-se de uma pesquisa de campo descritiva de natureza qualitativa. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico e uma entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo temática de Bardin. Este trabalho permitiu uma maior compreensão acerca das etapas do processo de transexualização dentro do SUS, bem como as dificuldades enfrentadas pelos transgêneros na visão dos profissionais de saúde envolvidos e principalmente dos psicoterapeutas, pois se entende que a demanda dos transgêneros ainda necessita ser suprida. Este estudo foi realizado considerando-se os aspectos éticos pertinentes a pesquisas envolvendo seres humanos, de acordo com a Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, a qual afirma que as pesquisas envolvendo seres humanos devem atender às exigências éticas e científicas fundamentais.