Este trabalho teve como objetivo analisar e comparar a características físico-químicas da polpa e do resíduo obtidos. Os frutos de amoreira preta foram coletados e transportados em caixas isotérmicas até o laboratório onde foram desintegrados e submetidos às análises físicas e químicas. Os frutos foram lavados, sanitizados e selecionados quanto à sanidade. A desintegração foi realizada com auxílio de liquidificador doméstico para a obtenção da polpa, sendo os resíduos (casca, sementes e talos) separados por peneiramento. A caracterização determinada pelas análises de: pH: através do método potenciométrico; Sólidos solúveis (°Brix): determinado por leitura direta em refratômetro de bancada BRASIL (2005); Acidez total titulável: utilizando volumetria potenciométrica (CARVALHO et al, 1990). Os parâmetros da cor determinados para polpa e resíduo, utilizando colorímetro, obtendo os valores de L*, a* e b*; onde o L determina luminosidade, a* transição da cor verde para vermelha (+a*) e b* a transição da cor azul para amarela (+b*). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade. A polpa e o resíduo de amora não se diferiram significativamente entre si para as determinações de Sólidos solúveis e pH, porém a polpa de amora apresenta maior de teor de água e acidez em relação ao resíduo. Os dois produtos apresentam considerável conteúdo de cinzas indicando seu potencial para a elaboração de novos produtos. As análises de cor indicam a utilização destes produtos como matéria prima para a extração de corantes naturais.