No entanto, os efluentes tratados apresentam uma proporção de nutrientes que geralmente não são adequadas para a produção e nutrição de determinadas culturas agrícolas. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo identificar os procedimentos para análise dos riscos de salinidade, sodicidade, infiltração, toxicidade e entupimentos. Foram coletados e avaliados os efluentes de quatro estações de tratamento de esgoto (ETE) de Petrolina-PE, para a caracterização química dos efluentes produzidos. Para a classificação do efluente para irrigação em função dos riscos de salinidade e sodicidade foi utilizada a metodologia proposta por Richards (1954) e para a avaliação da adequabilidade do efluente como água para irrigação, as concentrações dos constituintes químicos foram interpretadas pelas diretrizes técnicas segundo University of California Committee of Consultants (1974). com os estudos realizados foi possível concluir que os efluentes das estações de tratamento de esgoto de Petrolina-PE apresentaram de médio a alto risco de salinização e baixa capacidade de sodificação dos solos, com restrições moderadas para os problemas de toxicidade por Na e Cl-, restrições severas para entupimentos causados por Fe2+ e Mn2+ e indicação de pH considerado normal, quando estes são utilizados na irrigação agrícola. Pesquisas e estudos para identificar as características e restrições do uso são de fundamental importância, evitando-se riscos para a produção e para o meio ambiente.