O ensino de Língua Portuguesa é subdividido em eixos de ensino: leitura, escrita, gramática/análise linguística e oralidade. Muitas vezes, o ensino de gramática/análise linguística é concebido a partir do paradigma mais tradicional já o ensino de leitura a partir do paradigma inovador. Mas será que na prática os dois eixos de ensino acontecem assim? Partindo dessa indagação, buscaremos analisar se eixos de ensino seguem um mesmo paradigma ou são apresentados a partir de paradigmas diferentes. Para tanto, nosso trabalho toma como base uma das ações realizadas no ano de 2016 pelo PIBID-Letras UFCG, em uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Rosário, localizada na cidade de Campina Grande/PB. Desse modo, teremos como objetivo geral refletir sobre dois objetos de ensino de língua- adjunto adnominal e leitura de conto a fim de: 1) identificar o paradigma de ensino a partir de estratégias teórico-metodológicas desenvolvidas com o adjunto adnominal (gramática) e a leitura de um conto (leitura do gênero) e 2) verificar a concepção de língua subjacente às atividades desenvolvidas. Metodologicamente, os dados de análise serão descritos e interpretados a partir de uma abordagem qualitativa, uma vez que a mesma tem caráter exploratório, e serão interpretados a partir de leituras de autores como TRAVAGLIA, (2002) e KLEIMAM (2008), dentre outros. A partir da reflexão sobre atividades desenvolvidas abordando tais conteúdos, constatamos que o ensino dos objetos, embora distintos quanto aos eixos em que discriminam a língua, serve-se do paradigma tradicional, sobrepondo-se às práticas inovadoras.