O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa-ação em andamento a ser apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS pela Universidade Estadual da Paraíba. Partindo da problemática de que a maioria dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (doravante EJA) de uma escola estadual da Paraíba apresenta dificuldades no tocante à escrita, o objetivo geral deste artigo é apresentar uma proposta de produção de texto voltada para a funcionalidade social do gênero carta aberta, com o intuito de amenizar as principais dificuldades em escrita dos alunos do ciclo V / EJA. À luz da teoria dos gêneros em Bakhtin (1997) e Marcuschi (2005); (2008), refletiremos acerca das características peculiares dos gêneros textuais, bem como as suas implicações para o ensino de língua portuguesa com relação à produção de textual, nas perspectivas de Antunes (2003), Pereira (2010) e Geraldi (2012). A partir dessas reflexões teóricas, elaboramos uma sequência didática sobre a produção do gênero carta aberta, para que os alunos da EJA possam assumir a posição de atores sociais de sua aprendizagem, isto é, fazerem o uso interacional e social da escrita baseados em uma situação real de produção de texto. Após aplicarmos a proposta de intervenção, espera-se que o aluno compreenda que a escrita tem como principal função a interação entre sujeitos. Além disso, que ele perceba a importância de ser protagonista no processo de construção de seu texto, desde o planejamento inicial até a divulgação social da sua produção e, consequentemente, amenize as suas dificuldades em escrita.