Embora ainda muito presente no sistema educacional, a prática pedagógica tradicional, que impõe o modelo de uma sala de aula na qual o professor é o centro do saber, vem sendo cada vez mais substituída por outros modelos inovadores que colocam o aluno na condição de protagonista de seu próprio desenvolvimento. Nesse contexto, se destaca a inserção de práticas contextualizadas no ambiente escolar, que se coaduna com a necessidade de se estabelecer uma educação na qual docentes e discentes atuem em conjunto para a formação do conhecimento, em uma perspectiva horizontal. O presente artigo, portanto, tem por objetivo observar e refletir a respeito de práticas educativas inovadoras que reflitam o uso da escrita em contextos situados, caracterizadas enquanto projetos de letramento, que induzem a uma atitude libertadora e a um empoderamento desses estudantes. Do ponto de vista metodológico, utilizamos uma abordagem qualitativa, cuja análise será realizada tendo por base exemplos extraídos do documentário “Destino: Educação – Escolas Inovadoras”, exibido pelo Canal Futura e produzido sob a consultoria do Instituto Inspirare em parceira com o Serviço Social da Indústria (SESI) – Departamento Nacional, no qual observaremos práticas de educação inovadoras que colocam o aluno como protagonista do aprendizado. Em nossa análise, nos embasaremos primordialmente nas teorias de Freire (2014) no que diz respeito ao empoderamento e à horizontalidade de poderes na sala de aula, nas perspectivas de letramento propostas por Kleiman (2006) e Soares (2009), e no conceito de alteridade exposto por Becker (2010). Desse modo, esse estudo nos permite observar exemplos de novas formas de ensino e aprendizagem que vêm dando certo sob a perspectiva central das práticas de letramento, de modo que possamos refletir sobre o ensino que estamos adotando enquanto docentes. A partir dessa reflexão, podemos nos inspirar em modelos que preconizam o empoderamento dos estudantes, melhorando a qualidade da educação e da sociedade como um todo.