SANTOS, Maria Do Carmo Dos. Contação de histórias: formando alunos-leitores. Anais IV SINALGE... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/27291>. Acesso em: 27/12/2024 01:11
Sabe-se que o contato que a criança tem com os livros é através de histórias contadas, no qual seus pais, avós, responsáveis ou até mesmo sua professora leem, instigando seu poder imaginativo com histórias sobre fadas, aventuras, trechos da Bíblia, poemas... São tantos meios para introduzi-la neste mundo tão vasto! É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve – com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! Porém, com todos os benefícios supracitados, a contação de história apresenta determinadas deficiências em seu processo. Dessa forma, surgiram discussões internas a respeito de entender o desinteresse dos alunos e compreender se de fato os professores possuem a clareza do quanto tal atividade influencia na construção de saberes do sujeito. Logo, o presente trabalho tem o objetivo de analisar como a Contação de Histórias pode contribuir com o processo de ensino-aprendizagem e com a formação de alunos-leitores na Educação Infantil. Uma vez que a literatura infantil, enquanto objeto da cultura, é diferenciada à criança e pode ser considerada, quando utilizada de forma consciente pelo professor, como um importante instrumento no processo de aprendizagem da leitura e escrita. No decorrer do estudo são realizadas discussões teóricas acerca da importância do tema proposto no processo de ensino e aprendizagem direcionados a crianças que se encontram no início da sua escolarização, pautando-se em atores como: Abramovich (1997), Brenman (2005), Cavalcanti (2002), Coelho (2000), Libâneo (1992), Silva (2004), Zilberman (1998 e 2001) dentre outros. Apresentamos uma pesquisa qualitativa, tendo como sujeitos três professoras de escolas da Prefeitura do Recife e duas professoras de escolas particulares do mesmo município. Para a coleta dos dados foram realizados questionários. Os resultados mostram que as professoras entrevistadas, de certa forma, usam a literatura infantil como recurso de ensino e aprendizagem de seus alunos. Apesar de algumas não possuírem objetivos mais concretos que visem um melhor aproveitamento do momento, focando apenas nos momentos prazerosos o qual não possui nenhuma conexão com o aprendizado, sendo apenas uma forma de entretenimento.