Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são no Brasil a principal causa de morte e geram alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados ao sistema único de saúde. A hipertensão arterial (HAS) configura-se como o mais importante fator de risco modificável para DCV e o mais determinante para a morbimortalidade, além de ser a mais prevalente em idosos, portanto a detecção, o tratamento e o controle da HAS são fundamentais para reduzir a ocorrência destes eventos cardiovasculares. A VI Diretriz brasileira de hipertensão aponta a falta de conhecimento por parte do paciente sobre a doença como um dos principais determinantes para a não adesão ao tratamento anti-hipertensivo e o consequente descontrole da HAS. Um estudo, que realizamos no ano de 2012 com a população de idosos do bairro do Itararé de Campina Grande, demonstrou que 74% dos idosos hipertensos estavam descontrolados. Nesse contexto, elaboramos um protejo de extensão para oferecer medidas socioeducativas a essa população, objetivando avaliar e melhorar o nível de controle da HAS. Objetivos: Relatar a estratégia de educação em saúde adotada para intervir na população idosa com hipertensão arterial descompensada no bairro itararé. Métodos: Trata-se de um relato de experiência elaborado mediante vivência dos autores em pesquisa com a população idosa do bairro Itararé da cidade de Campina Grande. Educação em saúde para controle da hipertensão arterial foi a estratégia escolhida para as atividades de extensão, que consistiram na distribuição de material informativo de autoria própria, elaborado de forma acessível ao baixo nível educacional da população alvo e com base na VI Diretriz brasileira de hipertensão e outras literaturas de referência. Resultado: Em pesquisa inédita realizada no ano de 2012 com a população de idosos hipertensos do bairro do Itararé, constatamos que 74% estavam descontrolados e havia grande prevalência de outros fatores de risco cardiovascular, além de termos diagnosticado nove idosos que não sabiam serem hipertensos. Tal realidade nos causou grande preocupação e nos despertou a necessidade de intervirmos para melhorar estes índices. Para tanto, criamos o projeto de extensão chamado: Controlar para viver melhor, com foco no tratamento não medicamentoso, o qual foi aprovado pelo comitê de ética da instituição de origem dos autores. Notamos que a falta de informação, e mesmo após serem esclarecidos, a resistência por parte dos idosos em aceitar e incorporar as medidas, formavam grande barreira para o controle da doença. Conclusão: A educação em saúde deve ser estimulada para o controle da hipertensão arterial, visto que hábitos do estilo de vida e a correta adesão ao tratamento medicamentoso são essenciais para o sucesso da terapêutica, sendo que a falta de informação é o principal obstáculo para isto.