Introdução: Os idosos constituem a parcela da população que mais cresce em todo o mundo. No Brasil, já contamos com mais de 20 milhões de pessoas acima de 60 anos, sendo mais de 450 mil apenas no estado da Paraíba. Com o propósito de oferecer subsídios para o planejamento local de ações de saúde, o presente estudo teve por objetivo avaliar o perfil da condição de vida e saúde da população idosa, residente em uma região caracterizada como de baixa renda, e localizada no Município de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Metodologia: Estudo documental descritivo de abordagem quantitativa. Foram analisados todos os prontuários e Fichas A das pessoas acima de 60 anos, cadastradas na USF José Aurino de Barros Filho, equipe Pedreira I. A população do estudo foi formada por 331 prontuários de pessoas idosas. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, escolaridade, ocupação, uso de drogas (lícitas e/ou ilícitas) e principais agravos e/ou doenças. As informações foram coletadas por alunos do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) entre de novembro de 2012 a fevereiro de 2013. Os dados foram analisados e organizados com o auxílio dos recursos do Microsoft Excel. Resultados: Os resultados encontrados mostraram um predomínio de mulheres (63,4%), com faixa etária entre 60 e 69 anos (48%), 72,2% alfabetizados, 40,5% aposentados com renda mensal de até um salário mínino. Com relação à morbidade e condições de saúde, 6,95% da população idosa encontrava-se com sobrepeso/obesidade, 7,55% faziam uso de alguma droga, sendo 84% destes, tabagistas, 12% alcoolistas. 47,1% eram hipertensos, 15,7% eram diabéticos e 12,3% possuíam hipertensão e diabetes associados, além disso, 9,06% apresentavam alguma doença mental. Conclusão: Tal investigação possibilitou conhecer o perfil das pessoas acima de 60 anos cadastradas, bem como, identificar as lacunas que ainda existem em relação ao preenchimento das fichas A e dos prontuários da população idosa na ESF. Como foi detectado um alto índice de pessoas idosas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como HAS e DM, faz-se necessário realizar atividades de promoção, prevenção e atenção ao idoso para atender ao idoso na região na região pesquisada.