SANTOS, Izak Alves Dos et al.. Luto e idoso: vivenciando a perda após os 60. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/2645>. Acesso em: 13/11/2024 19:22
Resumo- Introdução: Diante de toda a história, a morte permanece como a única certeza na existência do homem, sendo, inelutavelmente, o último evento da vida. Compreendida como fato biológico, cultural, social, religioso, ético, psicológico, legal, clínico e de desenvolvimento, a morte, também afeta diversos aspectos da vida de quem precisa enfrentar a perda de um ente querido e o processo de adaptação a essa realidade. Dessa forma, ocorrem consequências sociais e econômicas na vida do sujeito, bem como, mais anteriormente, o processo de pesar do luto. Objetivo: Assim, o presente trabalho objetiva analisar o material científico que vem sendo produzido sobre as experiências de luto vivenciadas pelas pessoas com mais de 60 anos de idade. Metodologia: Portanto, trata-se de um estudo de natureza bibliográfica consubstanciada na literatura pertinente ao tema. Desse modo, foram pesquisados os bancos de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e dos periódicos CAPES para publicações em texto completo e em língua portuguesa, utilizando as palavras-chave “Luto e idoso; Luto e idosos”. Desta pesquisa, encontraram-se 16 artigos na base BVS e 52 na CAPES, somando ao todo 68 artigos indexados. Todavia, após o processo de exclusão dos artigos que não estavam relacionados ao tema ou se tratavam de revisão de literatura e dos artigos que se repetiam nas duas bases de dados, restaram apenas 03 produções. Resultados: Constatou-se, até o presente momento, no material discursivo analisado, que alguns fatores facilitam o enfrentamento e a elaboração do luto dos idosos, dentre eles é importante considerarmos os aspectos religiosos e espirituais do indivíduo em luto, uma vez que estudos indicam que a religiosidade e a espiritualidade dos idosos aumentam com o passar dos anos, por servir de explicação para os questionamentos relacionados ao sentido da vida, e que a espiritualidade revela-se como um indicador de resiliência, pois permite a atribuição de significados aos eventos negativos. Também se percebeu que com o avanço da idade, as mulheres portuguesas (de 39 a 85anos) que enfrentavam a viuvez por um período de 5 a 47 meses, tinham uma menor resposta na superação do luto. Esse resultado decorre da pouca presença de fatores de superação ou a menor importância ou eficácia que uma resposta a eles pode exercer na adaptação à perda do marido. Conclusão: A partir do presente trabalho, verificou-se a escassez de artigos científicos de língua portuguesa que retratem a vivência do luto pela população idosa, sendo que as poucas produções encontradas apontam a importância da religiosidade e espiritualidade no seu enfrentamento, bem como a relação inversamente proporcional discutida entre aumento da faixa etária e dificuldade das mulheres idosas em adaptar-se ao luto. Por se tratar de um tema bastante promissor, vê-se a urgente necessidade em ampliar os estudos nesta área, além de uma posição mais efetiva da psicologia frente a esse assunto, já que apenas um, dos três artigos trabalhados, são de psicólogos, sendo os restantes, de autoria da enfermagem.