RODRIGIES, Neuza Jorge. Cabelos crespos: o que a escola tem a ver com isso?. Anais VI ENLIJE... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/25915>. Acesso em: 23/11/2024 19:21
O presente trabalho busca colaborar com a ressignificação da identidade do negro, abordando a questão da simbologia do corpo e dos cabelos para a construção da identidade do estudante negro a partir da obra literária: Cabelo ruim? A história de três meninas aprendendo a se aceitar, de Neusa Baptista Pinto em turmas do 8º ano e 9º ano, de uma escola pública da rede estadual de ensino da Paraíba. O referido estudo discutiu a problemática de efetivação da lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, verificou se os alunos têm acesso aos textos literários com a presença de personagens negros, propôs atividades. Que ações podem ser consideradas afirmativas no ensino de literatura afro-brasileira na educação básica? Partimos da hipótese de que a partir de atividades significativas com obras de Literatura Afro-brasileira é possível que a escola amplie o conhecimento dos alunos, permitindo-lhes (re) conhecer a cultura de matriz africana. O método de pesquisa empregado foi o de pesquisa-ação, no qual se buscou compreender, explorar, descrever e intervir no contexto real do ensino de literatura afro-brasileira. Os autores que embasaram a pesquisa, foram: Fanon (2008), Gomes (2006), Lima (2011), Quintão (2013), Cosson (2014), entre outros. Os resultados apontaram para a importância da aplicabilidade da Lei 10639/03 no contexto escolar, visto que o trabalho realizado promoveu uma mudança de postura, contribuindo para a ressignificação da identidade do negro.