A busca pelo aprimoramento das experiências estéticas com a juventude em nível escolar tem me motivado a promover diálogos entre as diversas linguagens artísticas, sempre tendo o texto poético como elemento central. No ano de 2015, uma das obras que adotei para leitura de abordagem intrínseca (tradicionalmente chamada de ‘paradidático’) no primeiro ano do ensino médio em nossa escola foi Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, motivando a dramatização do texto, o que leva a um trabalho com linguagens cênicas, musicais, de consciência corporal e de artes plásticas, em prol de uma maior identificação dos estudantes com o texto. No presente trabalho, apoiado em teorias de estética da recepção e das poéticas da oralidade, além de contribuições no campo artístico, buscarei uma apreciação da obra referencial de João Cabral de Melo Neto, a partir das experiências didáticas inseridas no currículo de literatura no ensino médio.