Introdução: O envelhecimento populacional já é uma conquista no Brasil e no mundo que relaciona-se a uma melhora nas condições de vida das populações, embora muitos países, como é o caso do Brasil, enfrentam problemas em relação a demanda de serviços de saúde frente a essa realidade demográfica, trata-se de contradições sócio-econômicas que levam a vulnerabilidade em saúde, com relação as pessoas com mais de 60 anos de idade. Objetivo: Descrever a atuação como enfermeira da Estratégia Saúde da Família, em um município do Estado da Paraíba/PB, buscando novas metodologias para promover saúde em grupo de convívio de pessoas idosas. Metodologia: Tratou-se de um estudo tipo relato de experiência, onde foram apresentadas as ferramentas educativas utilizadas na prestação da promoção em saúde, no âmbito da atenção primária, e após o início das atividades, foi feita uma discussão dialógica sobre os saberes práticos e profissionais em relação a saúde e o envelhecimento. Essa pesquisa é parte de outra desenvolvida em parceria com a UEPB que discorre sobre o envelhecimento ativo segundo percepção dos idosos. Todas as questões éticas foram seguidas de acordo com a Resolução 196/96 da pesquisa com seres humanos. Resultados: Participaram do estudo 11 idosos que já convivem em um grupo formado dentro de um período de mais de 1 ano. Temas como “Saúde integral na melhor idade”, “Cuidando do coração”, “Cuidando da mente”, “Cuidando da pele” são expostos em cada encontro e há todo um trabalho dialógico de trocas de experiências entre os saberes populares e os saberes profissionais. Percebe-se que essa estratégia estimula muito a participação de todos na proposta de um conhecimento co-partilhado, o que tem motivado a participação nas ações de cuidado com a saúde dos próprios participantes do grupo. Os idosos têm participado mais de caminhadas e afirmam estarem tomando conta da sua própria dieta, evitando alimentos nocivos às suas condições de saúde, demonstrando toda uma concepção de autocuidado. E na maioria dos discursos, percebe-se por unanimidade a afirmação que o grupo de convívio tem colaborado com as práticas de promoção à saúde. Conclusão: Há uma necessidade de ampliação de estudos que busquem a formação de grupos de convívios de idosos e a elucidação de temas que envolvam a saúde como meta para a conquista de um envelhecimento ativo.