EFEITOS INDESEJÁVEIS CAUSADOS PELO USO DOS ANTINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS EM PACIENTES IDOSOS
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Inibem a síntese de prostaglandinas e substâncias endógenas intermediárias do processo inflamatório. Essa inibição ocorre pela inativação de isoenzimas denominadas cicloxigenases constitutiva (COX-1) e induzível (COX-2). A COX-1está presente em sítios gástricos e renais, e é responsável pela síntese de prostaglandinas que ali exercem proteção tecidual. A COX-2 surge, principalmente, nos locais de inflamação. A inibição de uma delas resultaria em efeitos indesejáveis, mas esses são mais acentuados com a inibição de ambas, e são mais graves em pacientes idosos. Com isso, nota-se a importância de estudar os AINEs, pois é possível ter uma visão dos principais efeitos indesejáveis presentes nessa classe de fármacos, reduzindo assim, o seu uso inadequado, e consequentemente, seus riscos de intoxicações em pacientes idosos. Objetivo: Realizar um levantamento sobre os possíveis efeitos indesejáveis em pacientes idosos que fazem o uso crônico de AINEs, evidenciando as principais causas desses efeitos. Metodologia: Foi realizado um levantamento com base em dados científicos, que se deu a partir da análise de periódicos a respeito dos efeitos indesejáveis causados pelos AINEs em pacientes idosos, publicados no período de 2005 a 2012. As fontes de pesquisas utilizadas foram: Scielo, Science Direct, Capes e Lillacs. Resultados: A análise dos dados encontrados na literatura científica evidenciou que os AINEs apresentam muitos efeitos indesejáveis quando usados por um longo período, e que esses efeitos são mais acentuados em pacientes idosos. Dentre os efeitos apresentados pelo uso crônico de AINEs, destacam-se, o aumento de duas a quatro vezes o risco de úlcera péptica e hemorragias gastrointestinais, que podem causar erosões e úlceras gástricas e duodenais. Estudos indicam que o uso de inibidores seletivos da COX-2 exercem efeitos adversos cardiovasculares importantes, como o aumento do risco do infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial, sendo mais frequentes em pacientes com história prévia de doença cardiovascular ou com alto risco de desenvolvê-la. Prevalece uma elevada ocorrência do risco de complicações renais, como nefrite, glomerulite e insuficiência renal aguda e crônica, sendo essas, as mais comuns em idosos que utilizam AINEs, ocorrendo com mais frequência em mulheres idosas. Com relação ao sistema nervoso central, os efeitos incluem psicose e disfunção cognitiva pelo uso dos fármacos AINEs. Conclusão: Dessa forma, fica evidente a importância de se promover o uso racional de medicamentos pelos idosos, em especial os AINEs, por ser uma das classes de medicamentos mais utilizadas em longo prazo, especialmente para tratar doenças reumáticas, sendo assim possível, que esses medicamentos sejam utilizados de acordo com a necessidade individualizada de cada paciente, evitando a ocorrência de efeitos indesejáveis, já que a população idosa constitui o grupo de risco mais susceptível a toxicidade desses fármacos." 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