Objetivo: descrever o significado do cuidado atribuído por cuidadores que trabalham numa instituição de longa permanência. Método: estudo transversal, exploratório, descritivo, abordagem qualitativa, por meio de entrevista semiestruturada. Dados coletados em junho e julho de 2012, após citação da aprovação pelo Comitê de Ética em pesquisa - PUCRS, CAAE 02019412.4.0000.5336. A pesquisa foi desenvolvida com 12 cuidadores em uma ILPI do município de João Pessoa-PB. Resultado e Discussão: A análise do material coletado obtido nas falas dos entrevistados resultou na categoria temática: Cuidando como se fosse de uma criança. Os entrevistados expressaram o quanto os idosos são dependentes para as atividades de vida diária e essa dependência associada ao fato de perderem a autonomia e a capacidade de tomada de decisões, leva o cuidador a trata-los de maneira diferenciada. A demonstração de uma atitude excessivamente carinhosa, na maioria das vezes maternal, o tratamento infantilizado, o excesso do uso diminutivo das palavras, somados aos sentimentos de isolamento, de abandono pelos familiares, além da solidão e da carência afetiva vivenciadas na instituição, podem determinar uma dependência afetivo-emocional do idoso. Os cuidadores parecem considerar a dependência uma condição natural da velhice, independente de estar associada a processos patológicos, que pode levar a limitação. Mediante suas falas torna-se relevante que esses profissionais possam repensar sobre seus sentimentos, procurando evitar preconceitos ou atitudes estereotipadas, bem como buscar conhecer e entender os significados do cuidado de si por parte dos idosos. Conclusão: Os significados atribuídos pelos cuidadores identificaram que estes parecem não perceber que o cotidiano da vida institucional, falta de privacidade, atitudes paternalistas e o tratamento infantilizado, favorecem ainda mais à dependência.