Objetivou-se identificar a autopercepção da saúde dos idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência, como a satisfação dos serviços ofertados a tais indivíduos nesses locais. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, que envolveu 87 idosos moradores de Instituições de Longa Permanência. A coleta dos dados foi realizada entre abril e maio de 2014, através de entrevista gravada. Para análise dos dados, utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Quanto aos resultados, 27 indivíduos entrevistados, 7 eram do sexo masculino e 20 do sexo feminino. As idades variaram entre 60 e 104 anos, prevalecendo uma média de 79 anos. Com relação a autopercepção de saúde as ideias centrais foram: “eu não sinto nada, é muito boa pra minha idade”; “sofrer não é bom sabe, mas não me queixo de nada, minha saúde é boa”, “minha saúde é dificultada, não é boa não”. No que se refere a assistência à saúde dentro desta instituição, as ideias centrais foram: “aqui tem muitos velhos e pouca gente pra cuidar”; “eles dão muitos remédios a gente, se for alguma coisa mais grave só indo pro hospital”; “saúde é paz de espírito, eu queria estar em casa com a minha família”. Conclui-se que a essência de uma assistência efetiva ao idoso institucionalizado é a compreensão da multidimensionalidade do ser, que se traduz na visão biopsicossocial e espiritual. A valorização do processo de autopercepção emerge como um eixo fundamental, um instrumento imprescindível, no sentido de melhorar a qualidade de vida deste indivíduo, e de preservar concomitantemente sua autonomia.