O uso de plantas medicinais como método terapêutico sempre esteve presente nas práticas tradicionais de cuidados à saúde, sendo um costume passado de geração a geração. Observa-se que os idosos são indivíduos detentores de um vasto conhecimento acerca do uso desses produtos, e nota-se que fazem uso frequente destes para tratamento de sintomatologias e/ou doenças que surgem em seu organismo. Associado ao uso desses produtos é possível observar um aumento dos riscos de intoxicações, tendo em vista as alterações do funcionamento de órgãos como rins e fígado, proveniente das mudanças que ocorrem no organismo com o avanço da idade, e os riscos de interações medicamentosas, pois é bastante comum o uso de medicação controlada pelos idosos. Este trabalho tem como objetivo refletir acerca dos riscos existentes na prática do uso inadequado de plantas medicinais por idosos, concomitante ao uso de medicação alopática, bem como, ao aumento dos riscos de interações medicamentosas. Trata-se de um relato de experiência de ações educativas desenvolvidas por meio de atividades de extensão universitária realizadas com idosas usuárias de uma Unidade Básica de Saúde da Família em Campina Grande/PB, no período de agosto a dezembro de 2012. Para realização da extensão foi adotada a metodologia da pesquisa-ação, na qual a população participa de maneira efetiva no que está sendo desenvolvido, e ajuda na resolução dos problemas existentes. No decorrer das ações educativas foram discutidas questões referentes aos usos inadequados de plantas medicinais e os riscos que isso acarreta à saúde. Foi trabalhado a educação em saúde através do conhecimento que as idosas já tinham acerca das plantas medicinais. Elas foram orientadas acerca dos riscos de interações medicamentosas e de intoxicações. Procurou-se transmitir para as idosas que apesar das plantas serem produtos naturais elas podem acarretar danos à saúde se usadas de maneira inadequada. Conclui-se que o uso de plantas medicinais ainda é bastante presente na população, principalmente entre as pessoas idosas, dessa forma, a educação em saúde é uma estratégia de grande importância para tratar sobre o tema de maneira que possibilite a prevenção de danos à saúde decorrentes do uso inadequados desses produtos.