CAMPOS, Joab César Souza et al.. Relato de experiência: musicoterapia com idosos. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/2720>. Acesso em: 19/12/2024 13:38
Em maio de 2012 realizamos uma visita técnica em uma instituição de longa permanência onde trabalhamos o uso de terapia complementar com idosos, sendo esta a musicoterapia. Ao chegarmos para conhecer o local, estrutura física e funcional, vislumbramos um sentimento de tristeza e abandono em alguns idosos. Inclusive encontramos uma senhora acometida pela doença de Parkinson, onde a mesma recusava-se contato social com os demais e não conseguia ficar em posição ortostática devido as diversos tremores. Tínhamos em outrora preparado a atividade de musicoterapia para trabalhar no local. Ao iniciarmos as cantorias de ciranda de roda foi notório a mudança no estado de humor de todos os participantes. Em um outro momento o trio pé-de-serra fez uma curta apresentação com músicas que relembravam momentos da juventude dos idosos. O momento proporcionou uma interatividade entre todos os participantes, o sentimento de alegria, amor, caridade e doação pôde ser vivenciado naquele momento de descontração. De acordo com os integrantes, as intervenções da terapia não foi apenas benéfica para os idosos, mas bem como, para os que ministrarão a técnica. Entre uma música e outra tivemos a oportunidade de trocar conhecimento e escutar diversas histórias de vida que encantaram a todos. Depois do uso da técnica de musicoterapia verificamos de maneira empírica que o estado emocional, físico, biológico e espiritual dos participantes tinham sido alterados para melhor. Voltamos a falar da senhora com Parkinson, ela apresentou interatividades com os demais participantes cantando, sorrindo, dançando e suas funções motoras voltaram parcialmente a sua funcionalidade, podendo assim andar, caminhar com certa dificuldade, fazer alguns passos de dança de acordo com seu condicionamento físico e sempre auxiliada pelos acadêmicos. Após a realização desta visita ficou evidente que não devemos abordar nossos idosos baseados no modelo biomédico e alopático, mas sim, promover uma abordagem holístico e tridimensional utilizando novos métodos de interação como a exemplo a musicoterapia.