GOMES, Danilo Wagner De Souza et al.. . Anais II CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/22666>. Acesso em: 22/12/2024 11:55
A neurociência traz consigo informações essências para um maior conhecimento acerca do processo de ensino e aprendizagem, podendo servir de fundamento para a detecção dos motivos que impedem o sucesso da compreensão do aluno dos conteúdos algébricos. Diante dessas dificuldades tão recorrentes pudemos encontrar nos estudos do neurocientista Stanislas Dehaene, um dos autores citados nesse trabalho, algumas pistas para a formulação de respostas nesse sentido, nos remetendo por exemplo, a causas que envolvem o processo de alfabetização, por outro lado Keith Devlin nos trás uma compreensão sobre como a gênesis do pensamento matemático está associada a da linguagem, do ponto de vista cerebral, e sobre como o desenvolvimento da capacidade matemática está associado diretamente a construção da linguagem, de maneira que a matemática torna-se um subproduto dessa capacidade, podendo inclusive que seja permitido que levantemos a hipótese de reduzir determinados problemas de aprendizagem a esfera da linguagem. Neste artigo traremos inicialmente algumas informações acerca da fisiologia cerebral, da interação entre os hemisférios esquerdo e direito, do funcionamento dos neurônios, do processo de memorização e com se dá a aprendizagem do ponto de vista fisiológico, inferindo quais práticas poderiam nos fornecer melhores resultados na sala de aula, posteriormente apresentaremos algumas dificuldades detectadas por parte dos alunos no aprendizado em álgebra em duas pesquisas (SCALASSARI, 2007; GIL, 2008) as quais são comuns à realidade de muitos professores, onde foram verificadas, dentre outras, dificuldades de leitura e interpretação, representação algébrica e abstração. Veremos como a neurociência pode contribuir para a compreensão dessas dificuldades nos direcionando acerca de possíveis soluções na prática docente.