O presente artigo tem por objetivo sumarizar as principais pesquisas sobre a proposta de educação bilíngue para os surdos e através deste método de ensino trazer contribuições na constituição do surdo como sujeito. A metodologia de pesquisa utilizada foi à bibliográfica. Nesta, o sujeito deve adquirir a língua de sinais, como primeira língua, de forma natural e uma segunda língua, a língua da sociedade ouvinte majoritária (oral e/ou escrita), construídas por intermédio das bases linguísticas obtidas por meio da língua de sinais. Neste texto, são discutidos alguns aspectos importantes sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e sua aquisição pela criança surda, no que se refere ao desenvolvimento da linguagem, cognição e interação social. A Língua de Sinais, sendo uma língua natural da comunidade surda, permite ao Surdo “falar” e desta forma, utilizando as mãos comunica o que pensa e o que sente (TANYA, 2001). O acesso a esta língua é primordial na construção da identidade da pessoa surda em todos os seus aspectos, a saber, linguísticos, cognitivo e social. Exposto a Libras o mais precoce possível, o sujeito surdo teria assim garantido seu direito a uma língua de fato. Também se discute a importância da inserção da criança surda na educação bilíngue para formação dos processos identificatórios e culturais importantes na sua constituição como sujeito.