Resumo: historicamente, sempre se buscou determinar uma representação e usos de língua que pudessem ser tomados como uma norma. Atualmente, a norma é conceituada sobre dois pontos de vista: a norma prescritiva e a norma de caráter normal, resultando nos adjetivos normal e normativo, em que a primeira é vista como um fator de coesão social e na última como forma de ter acesso à classe social de prestígio, correspondendo aos seus usos e aspirações. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a forma como os livros didáticos do ensino médio entendem a concepção de norma linguística e especificamente verificar como a concepção de norma é apresentada nessas coleções, pelo viés das concepções de língua defendida pelos autores dos LD’s; observar como a concepção de norma é tratada nas questões propostas pelos autores ao longo das coleções e verificar como a concepção apresentada nas questões propostas influencia no ensino de língua, especificamente sobre a questão da norma. O trabalho é classificado metodologicamente como uma pesquisa descritiva, com coleta de dados documentais e de natureza qualitativa. A análise parte de três categorias: as concepções de língua/norma, o tratamento metodológico dado à questão da norma e a relação entre as concepções defendidas pelos autores para língua e norma e as atividades propostas para o trabalho da norma ao longo das coleções. A primeira categoria partiu do Manual do Professor, enquanto a segunda e a terceira partiram das atividades presentes nas unidades de cada volume.