PACHECO, Luznarina Da Silva et al.. Juventude, drogas, escola e sociabilidade. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/21313>. Acesso em: 05/11/2024 08:52
Neste artigo desenvolvemos uma pesquisa referente a jovens usuários de drogas, considerando sua forma de “ser jovem” na sociedade, olhando detalhadamente para os fatores que influenciam e regem seu cotidiano. Com o objetivo de compreender o que é a juventude por parte de jovens usuários de drogas problematizamos o jovem com estas experiências dentro do espaço escolar. Ou seja, como podemos olhar o jovem estudante usuário de drogas? Quais os sentidos que este jovem atribui a sua situação de vida? Se a educação é formação para um futuro, como é visualizada a própria ideia de futuro para jovens em situações limítrofes da sua existência? A pesquisa foi desenvolvida por uma Pesquisa de Campo de tipo qualitativa com utilização de entrevistas gravadas de jovens usuários de drogas, jovens que deixaram o vício e jovens que nunca usaram drogas. Os principais teóricos para pensar a condição juvenil foram Juarez Dayrell (2003) e François Dubet (1994). Em vista da realidade pesquisada nos deparamos com uma juventude a mercê das drogas, sem sonhos, temida, rejeitada e sem expectativas futuras. Tais elementos negativos restringem seu tempo de vida, alienando sua jovialidade inconsciente, jogada a própria sorte. No espaço escolar a tensão entre perspectivas de futuro e sentidos do porque aprender, ao mesmo tempo em que a escola, dependendo do seu olhar, pode configurar-se como um meio de transformação. Pois, analisando os relatos dos que deixaram o vício, identifica-se o desejo de mudança oculto, que pode vir a emergir e tornar possível as transformações, resgatando sua imagem física e psicológica, assumindo sua verdadeira identidade que a princípio estava adormecida.