A inclusão de pessoas com deficiência auditiva é um desafio novo para a maioria dos professores e profissionais ligados à educação, pois, uma escola inclusiva deve oferecer, ao aluno surdo possibilidades reais de aprendizagem, caso contrário estará realizando uma inclusão precária e distante das necessidades trazidas pelos seu alunado (RIJO, 2009). Desta forma, as instituições de ensino e os profissionais da educação devem estar sempre preparados e preocupados em oferecer uma aprendizagem de qualidade para todos os alunos, independentemente de suas dificuldades. No que se refere ao ensino de Ciências, o uso de metodologias pouco inovadoras torna-se inviável para alunos com surdez, uma vez que estes necessitam de tecnologias inovadoras que os levem a “ouvir” por meio de imagens. Diante disso o presente trabalho teve como principal objetivo a construção de um jogo didático para alunos surdos e ouvintes, envolvendo o conteúdo sobre fecundação humana do ensino de Ciências, com o intuito de melhorar o ensino-aprendizagem dos alunos surdos. Como resultados pode-se afirmar que os jogos didáticos são metodologias de ensino eficientes, pois os alunos mostraram-se bastante empolgados e participativos. Percebeu-se no decorrer da aplicação do jogo, que o conteúdo de fecundação humana não era mais considerado desinteressante pelos alunos e a disciplina de Ciências passou a ser vista com um outro olhar. O processo de inclusão, apesar de estar previsto em lei e presente nas escolas, ainda enfrenta obstáculos. A dificuldade não se restringe apenas aos alunos, mas também os profissionais. A estes há falta de capacitação continuada que contribua no entendimento das demandas dos alunos com necessidades específicas de aprendizagem, dentro de uma perspectiva de escola inclusivista. O uso de materiais pedagógicos é de extrema importância neste processo, pois estimula a aprendizagem e emancipação dos alunos especiais e também os ditos “normais”, pois torna o ensino-aprendizagem mais fácil e prazeroso.