Considerando as novas diretrizes curriculares esboçadas na Lei 10.639/03, que trata do ensino obrigatório e sistemático da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, este artigo propõem uma leitura reflexiva da obra litetária Tumbu e telas do pintor mineiro Alexandre Rosalino, com estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública de Manaus/AM, para problematizar questões de forte significação política e social, que durante muito tempo foram silenciadas. Como objetivos; relacionar Literatura brasileira, História da África e Arte afro-brasileira na percepção e aceitação de outros saberes e viveres que constituem a diversidade cultural brasileira; promover atividades integradoras de leitura e interpretação da obra Tumbu de Marcone Leal e de quadros do artista A. Rosalino; propor discussões sobre a cultura étnico-racial que compõem a diversidade cultural brasileira. Diante disso, optou-se pela pesquisa-ação, cuja metodologia fez uso da abordagem qualitativa, com dados coletados através da observação participante, com uso do caderno de campo e pesquisa documental. A linguagem acessível da obra Tumbu do escritor recifense Marcone Leal e o colorido cenário de manifestações culturais e religiosas negras, protagonizadas nas telas do artista mineiro A. Rosalino favorecem aliar a política educacional às práticas educacionais e curriculares, proporcionando um ambiente de interação e diálogo a partir da Literatura e da Arte como protagonistas de discussões étnico-raciais com estudantes em formação.