Este trabalho resulta de uma investigação das relações da temática educação e gênero dentro de uma dimensão histórico- política, associada aos programas sociais, o Pronatec e o Bolsa Família. Trata-se especificamente de apontar indícios de autonomia feminina na sociedade contemporânea como também discutir em que medida suas contribuições vem provocando mudanças na vida política, histórica-social brasileira e piauiense, ao exigir articulação mais profunda com os Direitos Humanos. Seu horizonte conceitual, retrata a história de lutas e avanços do movimento feminista na contemporaneidade, organizado em busca da visibilidade das mulheres e da igualdade de oportunidades entre o “ser feminino” e o “ser masculino”, ao revelar o inconformismo frente às desigualdades sexuais herdadas do patriarcado. Os grupos inconformados com o poder patriarcal instituído na sociedade, resolveram unir forças e lutar pelos seus ideais, ao questionar a estrutura social vigente como os mandos e desmandos do capital e a cristalização do poder como sendo atribuição eminentemente masculina. A autonomia feminina vem servindo de ferramenta analítica para rupturas nesse processo de opressão, desrespeito, preconceito, inferioridade e exclusão ao exercício do poder em instâncias decisórias, na medida em que minimiza o fragmentar do bem-estar humano e busca romper com as inércias sociais que provocam desequilíbrios e ausência de liberdades entre as pessoas.