Com o início da modernidade o terrível pensamento de que os mitos, os contos de fadas e as histórias fantásticas no geral não contribuem em nada com o processo de aprendizagem vem se alastrando cada vez mais. Percebemos isso com a postura de certos acadêmicos que criticam veementemente o uso desse tipo de literatura para o ensino, acusando as mesmas de levarem as pessoas, especialmente as crianças, a uma espécie de “escapismo” da realidade. Diante disso o escopo desse trabalho é analisar o pensamento proposto pelo escritor, professor e critico literário da universidade de Oxford, Clives Staples Lewis (1898 – 1963). Com esse pensamento, Lewis levanta a bandeira em defesa da literatura imaginária, argumentando que a mesma é de excepcional importância para o desenvolvimento do ser humano em diversos aspectos, ressaltando o ideal da obtenção da verdade encontrada no mundo metafísico e sua aplicação no mundo real. Além disso, Lewis argumenta que um dos principais males do mundo moderno é o "esnobismo cronológico", uma espécie de preconceito a respeito dos séculos passados, considerando que apenas as ideias e os pensamentos produzidos na atualidade merecem ser considerados "evoluídos". Para tal, utilizamos diversas obras de autoria do próprio Lewis, além de uma das maiores e mais conceituadas biografias da vida do autor, de autoria de Alister McGrath. No fim do trabalho encontramos os resultados que pretendíamos, entendendo de forma clara e distinta o importante papel que a leitura de obras fantásticas exerce no processo de aprendizagem e como essa literatura nos ajuda a compreender melhor quem nós somos, e o mundo em que vivemos.