A relação entre os seres humanos e o meio ambiente é marcada por um processo de dominação antrópica e subordinação dos recursos naturais à demanda de extração desses recursos visando atender os interesses humanos. O consumo desordenado destes recursos vem favorecendo o advento da degradação ambiental que em uma proporção de causa e efeito, gera implicações negativas à saúde pública. Diante disso o escopo desse trabalho propõe articular uma importante função da Educação: apregoar um conhecimento capaz de gerar uma atitude participativa e reformadora, vinculando este tema às questões ambientais, onde enlaçaremos a educação ambiental, que busca uma conscientização coletiva acerca dos problemas ambientais, como um plano estratégico, propondo a construção de valores, difusão do conhecimento e o incentivo a atitudes e políticas voltadas à conservação do meio ambiente como ferramenta para a atenção primária à saúde. Três serão os caminhos que iremos percorrer para atender a proposta deste artigo: primeiramente, faremos uma intersecção entre a Educação Ambiental e a promoção da saúde pública explorando suas especificidades conceituais, abrindo com isso uma base para abordamos o conceito de saúde hipocrático que adotamos como pressuposto para esta pesquisa, por último faremos uma explanação acerca da contribuição que a medicina hipocrática pode trazer para o campo da educação ambiental no que se refere à promoção de uma consciência ambiental. No término do trabalho compreenderemos que a concepção de saúde proposta por Hipócrates pode ser relevante para reconfigurar a noção contemporânea de saúde, possibilitando, assim, um olhar mais consciente acerca dos problemas ambientais.