Este artigo tem objetivo principal discutir sobre a importância da dança como estratégia pedagógica no processo de ensino e aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental e sua inclusão nos currículos. O interesse por este estudo se deu a partir de experiências próprias em uma escola pública durante a atuação em estágio curricular, em que os autores puderam observar o desinteresse dos/as alunos/as nas aulas regulares, percebendo-se, no entanto, que havia maior envolvimento nas atividades que englobavam a dança. Com isso, surgiram as seguintes questões da pesquisa: por que não trabalhar a dança como recurso didático durante as aulas, visto que, o interesse pela linguagem artística é considerável? Por que não incluí-la nos conteúdos que fazem parte do currículo? A relevância desta pesquisa justifica-se pela necessidade de questionarmos os discursos hegemônicos que são reproduzidos nos currículos escolares, uma vez que a dança pode ser um importante instrumento para desconstruir estereótipos e incluir conteúdos que, muitas vezes, estão às margens da perspectiva curricular oficial, concebendo-se, assim, práticas pedagógicas emancipatórias e democráticas. No desenvolvimento do trabalho, fez-se um estudo bibliográfico sobre o tema, analisando a importância da dança como estratégia de ensino e como tema necessário para a construção de um conhecimento transdisciplinar. Por fim, concluiu-se que a dança pode ser utilizada como recurso didático nas aulas dos anos iniciais do ensino fundamental, o que não precisa ser mestre ou doutor em dança para incluir de forma transdisciplinar no currículo da escola. Vale salientar que a dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens.