Este artigo objetiva analisar as representações da cultura popular e dos excluídos na obra de Gustavo Santos, representadas em sua primeira obra literária Inquietudes – Ielmo Marinho em Versos (2013). Trata-se de um mundo de excluídos, esquecidos e marginalizados, até aquele momento, com seus costumes, seus modos de vida: todos pertencentes ao cotidiano da cidade de Ielmo Marinho. Gustavo Santos mostra a importância da história dos excluídos na literatura como reconstrução da historiografia local, dando voz aos que foram calados pela classe dominante. A obra tem papel importante para a preservação da cultura popular da cidade, que expressa formas da realidade histórico-social, criadas e reconhecidas pelo povo. Nessa obra, Gustavo Santos alerta para os riscos da perda dos valores populares, em virtude do esquecimento e da desvalorização da cultura do saber popular. A metodologia deste estudo deu-se através da análise da obra de Gustavo Santos (2013) e de pesquisas bibliográficas à luz da teoria da nova história, discutida por pesquisadores como Marc Bloch (2001); Peter Burke (1992); e Jim Sharpe (1992). O estudo mostra um olhar etnográfico do autor, que se torna percussor dos marginalizados na literatura e na história ielmomarinhense, trazendo reflexões sobre a questão dos hábitos e costumes dos excluídos.