As perspectivas teóricas sobre a sexualidade se estendem por quase todas as disciplinas e áreas do saber: entre as Ciências Humanas e as Ciências Naturais mesclam-se conceitos, confundem-se categorias, convergem e divergem significados sobre o corpo, sobre a identidade, sobre a constituição social, psicológica, biológica e social do sexo, e até a própria necessidade da busca pelo conhecimento sobre a sexualidade foi questionado em vários casos. Entretanto reconhece-se uma ruptura epistemológica e uma evolução histórica das tendências explicativas sobre gênero e sexualidade que vale a pena levar em consideração. A ruptura epistemológica dos estudos de gênero e sexualidade opera uma reorganização teórica que pretende enfrentar o machismo e o heterossexismo. Nesse sentido, as categorias de gênero e de sexualidade são colocadas em circulação por determinadas tendências explicativas e por determinadas áreas do saber. Levando em consideração a ruptura epistemológica proporcionada pelos estudos feministas podemos considerar que as noções de gênero e de sexualidade apresentam o seguinte panorama na “geografia” científica.