Esta pesquisa, de natureza qualitativa analítica, com uma amostra de 20 alunos, teve como objetivo verificar o Preconceito Sexual no universo acadêmico da psicologia em Portugal e no Brasil. Seu referencial teórico se consistiu nos conceitos de G. M. Herek, M. Foucault, S. Freud e outros. Foram utilizados Questionário sociodemográfico, Entrevista semiestruturada e o Teste de personalidade HTP. Os discursos foram submetidos à Análise do Discurso na vertente foucaultiana e na Subjetividade de González Rey. A média de idade dos alunos é de 26 anos, são similares quanto ao estado civil, condição socioeconômica e religião; não identificam discriminação nas suas faculdades, mas, alguns brasileiros, sob a forma de “brincadeiras”, revelam preconceito sexual sutil. A maioria aceita que homossexuais tenham os mesmos direitos dos heterossexuais, mas alguns alunos, das duas nacionalidades, fazem restrições ao “casamento gay” e à adoção de criança por casal desse tipo. Alunos brasileiros estão mais satisfeitos com conteúdos sobre homossexualidade vistos na faculdade privada, do que os da pública, e portugueses da faculdade pública quanto da particular estão descontentes. Grande parte dos alunos deseja psicologia clínica, e se reconhece despreparada para atender LGBTs. Alunos brasileiros são menos tolerantes a psicólogo que tem preconceito sexual do que os portugueses, mas ambos consideram que deve superar ou esconder, do paciente homossexual, esse preconceito. Finalmente, alunos mais seguros da própria identidade sexual tendem a ser mais coerentes e tolerantes com os homossexuais. Esses futuros psicólogos, de modo geral, se mostram abertos para a aceitação da pessoa, independente dessa sua sexualidade.